sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Andreas Nora, São Paulo, Vila Mariana, Madrugada de 12-12-2015. Um drink após concluir e publicar a Poesia, "PARA SOLEDAD".


"PARA SOLEDAD", Poesia de Andreas Nora, São Paulo, 12-12-2015

[...]

Madrugada.
Acordo com o seu cheiro,
Cheiro de flor, cheiro de fêmea;
Cheiro de fêmea completa, inteira,
Inteiramente linda...
Dengosa gata mansa...

Madrugada.
Quero abrir os olhos e ver o seu corpo,
O mais belo e sensual corpo,
O corpo da mais bela deusa,
A deusa do amor eterno;
A deusa Afrodite.

Madrugada.
Abro os olhos.
O quarto escuro não me deixa ver nada
Que não seja a escuridão da minha solidão,
A solidão que tanto me desarvora por não tê-la
Ao menos sob os meus olhos para olhar nos seus olhos
E sentir a luz da sua meiguice angelical.

Madrugada.
De olhos abertos,
Atento os meus sentidos,
Penso perceber os seus passos
No seu mais gracioso caminhar...
Caminhar sedutor, insinuante, de quem deseja amar
                                       [e ser amada.

Madrugada.
Fecho os olhos.
Ouço a sua voz em quase murmúrio,
Torno a ver o seu lindo corpo,
A sentir o seu cheiro,
A ver o seu sutil e delicioso ir e vir,
E nele, nesse seu ir e vir, você afasta-se de mim
- Natural... Compreendo... -  
Mas mesmo assim roubo o seu olhar,
Meigoso, tenro, luzidio, afável... Encantador!
- Às vezes triste! -.
Sinto o afago das suas mãos perfeitas, gráceis,
Sinto a quentura, a umidade e a maciez dos seus lábios,
Sinto o olor e o calor do seu doce hálito,
Sinto o gosto do seu cuspe em minha boca,
Sinto a sua língua tocar a minha com a ternura da sua alma.
[Quero envolver o seu delicado corpo,
Acariciar a sua face, 
Acariciar o seu cabelo de uma cor muito bonita;
                                            [uma cor que eu muito curto!
Quero mimá-la...
Quero protegê-la...
Quero resguadá-la do mundo mau...
Quero cuidar de você,
Anjo meu.]

(Viajo em você...
Viajo no néctar da sua candura,
Viajo na doçura da sua beleza; ímpar!)

Quando abro os olhos vejo que o dia chegou;
Meu Deus... Não vi a noite passar...
Trato de me levantar
E feito louco já me encontro na rua.

[...]

A porta do teatro está aberta
E posso vê-la:
Seus olhos,
Sua boca,
Seus gestos,
Seus movimentos belos e harmoniosos.
À distância ouço a sua voz cândida e macia.
O ar impregna-me com o seu cheiro.
"Soledad...", penso querer chamá-la;
A voz não me sai...
Como um voyeur, em silêncio,
Sem graça,
Admiro a sua graça.

[...]

O ensaio terminou.
A cortina cerrou-se.
Soledad se foi.
O meu peito se aperta.
A minha alma geme...

Outras noites virão,
E pela ausência de Soledad
Cruelmente sofrerei;
Solidão...

[...]

Acordo transpirando... 
Coração palpitando...
Onde e como estará Soledad?...
Quero saber de ela,
Quero saber se ela não está triste,
Quero saber se ela não sofre,
Quero saber se ela está bem;
Quero saber do meu puro e amado Anjo...

Meu coração palpita,
Minha pele sua.

Quero vê-la,
Quero chamá-la,
Quero gritar o seu nome...
Grito:
Soledad, meu Amor!!...
Soledad, Amo você!!...


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Um Relax após compor o Poema "SOLEDAD", 12-102015, ANDREAS NORA.


"SOLEDAD", Poema, 12-10-2015. Canto do personagem-narrador do Conto "SOLEDAD", do livro o qual trabalho nesse momento. Andreas Nora

SOLEDAD


A sua face tão meiga
De brandura angelical
Devora-me e me faz estático
Como o pássaro hipnotizado pela serpente.

Vejo-a distante, porém, sua luz,
Apesar da sua concentração
E sem mesmo antes me perceber,
Atira-me a uma perturbação
Onde tudo ao meu redor,
E minha solidão, parece desfazer-se.

A sua máscara tão forte
Num flash abrigado pelos cílios,
Dos cílios castanhos escuros longos que se mexem,
Salvou-me de uma melancolia atroz, lancinante;
E o monstro desfigurado que destroçava a minha alma
Que como espectro vagava nas nuvens térreas
De uma vodca acalentadora,
Que disfarçava uma dor
Ao navegar na tua imagem 
- Vim trôpego
Lançado pelas imundícies
Do pó do fumo do álcool do sexo pervertido
Da solidão, Soledad,
Quando eu admirava a morte
Num orgasmo falsamente transcendental;
Mortal.

Ao norte
Entre vivos a desfilarem o seu ego ilusório, fantasioso,
Nesse momento estéril
Quando o mundo parou;
Parou e eu pude vê-la deslumbrante num palco
Num Demi plié inconsciente transbordante
De sensualidade
- Ao norte pude vê-la salvando-me da morte...

Não adianta o medo
Ou o passar despercebido
Viva está a vida em cada um dos seus segundos
A lançar-se e a nos pegar pelos pés
Sacudindo-nós de cabeça para baixo
- De você suada desprende o olor
De fêmea insaciável a chorar um pranto seco
De ressentimento encravado
De ódio mascarado
De um amor desbotado
De um gozo abortado.

[A sua carne rosada umedecida
Treme e chora
As lágrimas que escorrem
Pelas suas coxas,
E persigno-me se lambê-las
Alcançando a sua rosada carne
Umedecida a vibrar em minha boca]

Vão se fodendo as escolhas
- Entramos e caímos sem esperar - 
Somos lançados, paridos; rebentos ao cosmo...
E cada qual navega como pode;
Olho olhos olhares,
Disfarces mal disfarçados;
Vejo os seus olhos em silêncio
A irradiarem luz,
O seu corpo a bailar como raios lançados dos céus;
Imagino a sua inocência enganada pela vida
- Fixo o seu rosto:
Máscara divina de um amor abstrato, inefável -
Quando o meu olhar lê a sua alma.

O meu pesar no seu pensar
No incenso que me eleva a alma
Nesse triste hora
Onde penso agora
Nos seus puros olhos
Olhos mansos quase a vagar
Que me devolvem a calma
Que me roubam as noites perdidas
No flanar de bar em bar
Onde as piranhas devassas, bêbadas, comungavam comigo
Na depravação,
E eu esfaimado pelas orgias das sarjetas,
Entregáva-me às suas ordens...
Às ordens que ao passar do estado ebrioso nada mais era que solidão...

[Morbidamente os pés da cama magrela rangem
Nas noites que o pensar em nossa loucura,
A minha inquietude e devaneio pelo seu corpo,
Depois de um espasmo é uma golfada de esperma,
Transformava-me nun vagalume sem luz
- No amanhecer do dia eu dizia:
Quero... necessito urgente de uma vodca...
Solidão, Soledad... Solidão...]

A dor que partiu a minha alma
Pelos anos perdida
Na putaria bendita
- Anódina naquele momento,
Quando a alma se espremia em remorso pungente - 
Dissolvida em escuridão
Embebida em solidão
Em bebida, em perdição
Que me devora sem perdão
Lançando-me ao chão,
Máscara divina, o seu corpo que baila,
Sua expressão serena e forte,
Sua luz a brilhar
Por trás dos cílios castanhos escuro longos a mirar
O meu desassossego
Que estonteia você.

Tira-me dessa estagnação.

[...Pro nobispeccatoribus -
Schubert faz-me chorar;
Jogo-me aos seus santos pés e deixo que você me pise
E jorro sangue pela boca
E ejaculo...]

E a Rapsódia Húngara
Faz-me desvairar em cada movimento seu
- Encanto!... Deslumbramento!... Ar aos pulmões!...

Retorna-me à vida
Mesmo estando eu diante da morte,
Soledad...


Andreas Nora

sábado, 3 de outubro de 2015

Andreas Nora num botequim em São Paulo - SP, bebendo uma Vodca. / Agosto de 2015.


Publicações de Andreas Nora: Você Precisa É De Uma Boa Dose De Vadiagem, 2012 / Raira, 2013 / Cachorro do Mato, 2014 / Bala no Temporal E Outros Contos, 2015.



Marca-Livro do livro "Bala no Temporal E Outros Contos", 2015, de Andreas Nora, Ed. All Print.

"Bala no Temporal E Outros Contos", 2015, de Andreas Nora, Ed. All Print. Comentário na contracapa do livro feito pela bailarina clássica e coreógrafa de balé contemporâneo Beatriz M. R. Carlos.

Nunca li um livro que como este, me deixasse com todos os sentimentos e instintos aflorados: da alegria à dor, da quietude serena à excitação sexual que faz o corpo e o espírito tremerem. A homossexualidade tratada nesses contos é mágica, é alucinante! Não é à toa que tantos temem essa força, aqui tão profundamente explorada.

"Bala no Temporal E Outros Contos", 2015, de Andreas Nora, Ed. All Print, do Conto, "A Minha Carne Dói", pág. 54.

O jardim, quase totalmente escuro, ficava atrás de um prédio histórico muito antigo, já mesmo caindo os pedaços, no centro da cidade. Nós estávamos juntas, grudadas uma na outra na maior sacanagem. Calcinhas arriadas, peitos pra fora, e ela me chupava toda, me enfiava os dedos ora na minha boceta ora no meu cu ora nos dois e chupava a minha língua e acariciava o bico dos meus peitos e mamava nos meus peitos. Eu nunca tinha sentido uma coisa tão forte em todo o meu corpo e em toda a minha alma. Eu já estive com outras meninas; muitas; mas foram beijinhos e umas passadas de mão na boceta; uma vez até que uma menina me comeu muito legal, mas longe disso que acontecia agora. Ela, não. Ela acariciava e mamava e raspava a língua no meu grelo alternando a sua língua que de repente ficava dura e entrava toda em mim, tanto na boceta como no meu cu. Não sei... parecia que o meu gozo era contínuo. (...)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

"Cachorro do Mato", 2014, Romance de Andreas Nora, 145 pág. Editora Livre Expressão.

Texto da P. 109 a 110:
(...) A porta do seu carro está aberta, e ela, sentada, abre as suas pernas e me mostra a sua boceta. A mulher é muito bonita e está sem calcinha. A mulher é muito bonita, está sem a calcinha e alisa a sua boceta com uma das mãos enquanto com a outra a abre afastando os seus lábios. E a sua boceta está toda aberta como uma estrela radiante numa constelação. A sua boceta não tem pelos; é totalmente lisa; é uma boceta raspada; uma bocetona sem qualquer pelo; sem um fio de pelo; rosada, escanhoada e muito rosada. Uma bocetona linda! (Embora eu goste das bocetas cabeludas - amo as bocetas cabeludas que espalham seus pelos pelas virilhas, amo as bocetas como a boceta de Lucky - não posso negar que aquela boceta raspada lisa escanhoada é muito bonita; lindíssima!). E eu queria a luz dessa boceta. Aquela boceta rosada lisa me deu vontade de comê-la, literalmente comê-la, sentir sua carne sangrar na minha boca; passei a mão pelo meu pau; parecia que eu despertava do meu porre. Com dificuldade pelo peso que tenho na cabeça, mas tomado de um tesão súbito que aquela cena me dava, viro todo o meu corpo para a mulher, que está sentada no carro com a porta aberta e as coxas muito abertas e me mostra a sua bocetona arreganhada enquanto passa a língua nos lábios. O peso da cabeça e toda a ressaca em que me encontro somem rapidamente. O meu pau está muito duro; muito duro. "Vá, seu mendigo porco, sujo, me mostra o seu pau... quero ver o seu pau, vá... me mostre", diz a mulher passando a língua voluptuosamente nos lábios, fazendo cara de tesão e esfregando o grelo com um dos dedos, e eu olho para os lados e olho para a mulher e pisco os olhos e passo sem acreditar no que estou vendo e já estou com o pau muito duro e volto a olhar para os lados e vejo que não vem ninguém é passo a mão no pau, e a mulher esfrega o grelo e com uma das mãos coloca o peito totalmente para fora da blusa e começa a massageá-lo suavemente e passa a beliscar suavemente o bico do peito e diz, "mendigo imundo, me mostre a sua vara... vá... me mostre... quero ver a sua vara, mendigo porco... vá... quero ver o seu caralho...". E eu esfrego e aperto o pau com muita força, e a mulher diz, "tira essa pica suja pra fora... vá... quero ver o seu pau; quero ver o seu pau duro... vá... me mostre essa pica suja...". E continua a passar uma das mãos na mama e a acariciar o grelo, e eu começo a abaixar mais a minha calça, deixando-a na altura dos joelhos e ela, num lance muito rápido, coloca a outra mama para fora, e as suas mamas estão muito intumescidas, e a sua buceta está muito intumescida, e ela abre mais as suas coxas, e a sua bocetona está avermelhada é muito molhada, e ela deixa de alisar os peitos e enfia dois dedos na boceta e diz, "olhe pra mim, seu escroto... (...)





domingo, 18 de janeiro de 2015

"CACHORRO DO MATO", Romance, 2014, de Andreas Nora

Será Publicado dia 30 de Janeiro.

Abaixo, Texto para os Amigos Leitores.

Andreas Nora

"Cachorro do Mato", Romance, 2014, de Andreas Nora.

Editado pela Livre Expressão, será Publicado pelo Instagram (@andreasnora_escritor) e aqui no BLOG, no dia 30 de Janeiro à noite.

Dado à minha Timidez (muito acentuada), não faço Lançamento Público nem Noite de Autógrafos. Reúno uns pouquíssimos Amigos Escritores, Poetas e outros Artistas. Leio vários trechos, bebemos e conversamos madrugada adentro.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

"Cachorro do Mato", Romance, 2014, Ed. Livre Expressão, de Andreas Nora

Dia 30 de Janeiro, sexta-feira, às 20:00 horas, Publicarei o meu Terceiro Romance, intitulado "Cachorro do Mato".

Pela minha Timidez, não faço Lançamento Público nem Noite de Autógrafos, apenas reúno meia dúzia de Escritores meus Amigos, faço Leitura, bebemos, fumamos e rimos muito madrugada adentro. Mas considero cada um dos meus Amigos Leitores, Seguidores, Parceiros, Admiradores Presentes, como se estivessem ao meu lado numa grande algazarra! hahaha... Depois o Livro caminha com as suas próprias pernas

Abraço a todos!

Andreas nora

domingo, 11 de janeiro de 2015

Você Precisa É De Uma Boa Dose de Vadiagem, Romance, Ed. Livre Expressão, 2012. Cap. 33, p. 70

(...)
[Três horas de uma foda alucinada...
Demônio de mulher!..
Putona...
Cadela depravada;
Alucinante de gostosa;
Potranca fodedeira no cio]
(...)

Raira, Romance, 2013, Cap. 18, p.174, de Andreas Nora

(...)

Não preciso de nada

Não preciso de nenhum sentido

Não preciso de nenhuma direção

Não preciso nem mesmo de mim

Preciso de você, Raira

Que se fodam os talheres

Que se fodam os lençóis

Que se fodas as taças

Que se fodam os guardanapos

Sua bênção, Minha-Raira

Sua bênção, meu Anjo-Demônio

Sua bênção, Minha-Fêmea

(..)


quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

"Whitman e Martha", Andreas Nora, Conto Inédito, New York / Miami - Nov. 2014

New York 16:45.

Segundo dia do encontro de escritores para estudar e discutir Folhas de Relva, de Walt Whitman.   Eu estava ali pela segunda vez, no meu segundo dia e me faltariam ainda mais três dias. Abandono a sala de estudos. Estou de saco cheio. Rumo para a rua à procura de um bar.

New York 17:00.

Peço um Jack Daniel. Abro Folhas... Para continuar a terceira releitura e começo no verso "...." (...). Meto o uísque pra dentro e em seguida peço outro, e peço outro e vou lendo Whitman com uma rapidez assustadora.

New York, 17:40.

Ouço uma voz de mulher com sotaque hispânico atrás de mim, hei velho babaca, vai entrar pela noite lendo a porra desse livro?, olho pra trás e vejo uma mulher dos seus 28 ou 30 anos, bonita, boca larga e carnuda, cabelos pretos e muito curtos (esse cabelo muito curto com a nuca totalmente nua me excitou muito), não tem nada melhor para fazer?, continuou ela.

Sentei-me à sua mesa. Ela tinha uns peitos grandes e pareciam bem duros, do jeito que eu gosto, e suas coxas também eram grossas, o que pude observar pelo vestido muito curto com as pernas cruzadas. Martha era o seu nome.
Perguntou-me o que eu lia, eu lhe mostrei o livro e a fotografia de Whitman, e ela disse, velho babaca com essa barba imunda, eu disse que nem Whitman nem eu éramos babacas, mas a barba dele é imunda, disse ela, e eu disse, que isso não me interessava, que o que me interessava era a poesia dele e os peitos e as coxas dela, e ela riu muito quando eu disse isso e eu ri também e ela enfiou suas mãos entre meus cabelos brancos e puxou a minha cabeça e nos beijamos como apaixonados e bebemos todo o uísque e pedimos mais uísques e Martha falou que estava vivendo uma fase de tédio, e eu vi que a minha fase não estava muito diferente da dela. E falamos das nossas aflições e vimos que seguíamos os nossos dia a dia naquela mesma coisa que não era outra que não ela mesma. Estávamos bem aquecidos pelos uísques. Nos beijamos, nos apalpamos desesperadamente. 

Aeroporto de Newark, NY, 20:55.

Troquei a barba branca e longa de Whitman pelo cabelo preto e curto de Martha.
Estamos bêbados aos beijos entre promessas de amor voando para a Flórida, Miami.

Flórida, Miami Beach, 01:10

Estamos feitos animais enlouquecidos transando num hotel. O sol e o mar de Miami Beach, mudou o sentido do nosso espírito. Uma noite fomos para Little Havana e dançamos muita música caribenha e bebemos muito rum. 

Foram dias bêbados; se amando e vivendo. 
Faço uma dedicatória  em Folhas e o ofereço a Martha, que aperta a foto de Whitman contra o peito, beija-o e depois me beija.

Aeroporto Internacional de Miami, 11:45.

Martha, com um echarpe escondendo as marcas que deixei em seu pescoço, some pelo portão de embarque e me acena sorrindo e eu faço o mesmo para ela. Ela volta para New York e eu sigo para o meu portão para embarcar para o meu país.

                              Andreas Nora
                           New York / Miami      
                                Nov / 2014





"Raira", 2013 / Trecho do Capítulo 5


(...)
E ela se senta ao meu lado, e alucinada me beija a boca - e eu alucinado sinto o seu tesão -, e pega o meu o meu punho esquerdo e enfia a minha mão entre suas coxas, e a minha mão encontra a sua boceta quente, molhada a escorrer - e eu estava certo, ela sofre e esperneia -, e suas pernas são fechadas e abertas num ritmo muito rápido, maluco, e eu enfio dois dedos na sua boceta, que agora parece estar mais apertada, e ela estica o corpo sentindo os dedos que a penetram, e ela aperta as coxas prendendo a minha mão dentro dela, e sinto a sua boceta sugar os meus dedos, e ela me segura a cabeça, e sua boca colada à minha suga a minha língua, e num átimo que os seus lábios relaxam, deixo cair minha boça sobre os seus peitos intumescidos, e a sua boceta lateja, vibra, pulsa, palpita parecendo agonizar nos meus dedos, e ela me diz, "não tira, mexe... estou gozando... não tira...", e nós mantemos tensos, contraídos, e ela geme muito baixinho em meu ouvido um gemido de dor e prazer, e nosso espasmo se finda, e nos olhamos firmes; seus olhos estão molhados, a sua face vermelha, tensa, seus lábios, inchados, tremem; ela chora - a minha mão escorre; a minha alma se vai, pulsátil; sofre.   
(...)

                                                               ANDREAS NORA

"Raira", 2013, Romance






"Raira", 2013 / Trecho Inicial do Cap. 9

Agora Raira estava a todos os momentos em mim
O seu nome era presente a cada segundo na minha mente
A cada segundo eu dizia, "Raira"
E amava o seu nome, "Raira"
E o seu nome, "Raira", me provocava ereção
E me masturbava com o seu nome, "Raira"
Raira agora era o meu cativeiro
E o meu ser cativo aumentava na liberdade da prisão da sua 
                  carne
"Raira..."


Amávamo-nos
Nossas carnes flamejavam e nos entregávamos ao gozo vertiginoso
                   do prazer máximo e nos metíamos um pelo outro
                    como em queda livre num abismo sem fim.


Raira dos Anjos e Demônios
Assim eu sentia o seu nome
Raira dos Anjos e Demônios
Assim eu ouvia o seu nome
Raira dos Anjos e Demônios
Assim eu inspirava o seu nome
Raira dos Anjos e Demônios
Assim eu me nutria do seu nome.

                 ANDREAS NORA

Você Precisa É De Uma Boa Dose de Vadiagem / Trecho Inicial do Cap. 5

Fazia quatro meses que eu não sabia o que estar livre.
Fazia quatro meses que eu estava internado num hospital psiquiátrico.
Todo o mundo; minha ex-mulher, meus pais, meus irmãos, cismaram
                     [que eu estava louco.
Cismaram que eu estava louco porque abandonei o trabalho e
                     [mandei a mulher embora.
[Ditadores da razão; outorgantes do cabresto - fantoches escrotos]
Abandonei o trabalho porque era um trabalho de merda, e eu queria viver.
Mandei a mulher embora porque era uma chata, fútil, consumista, e eu queria viver.
Abandonei o trabalho; mandei a mulher embora; mandei tudo à puta que pariu porque
                     [eu queria viver é descobrir amores; vida.
Descobri um primeiro amor no rolar morro abaixo de um estar na vida para mim - o sangue
                     [é meu; as narinas que puxam o ar são
                     [minhas; é o meu cérebro que me dita
                     [os passos que quero ou não dar.

[...]

Eu amava Florbela;
Com Florbela eu bebia, fumava, fodia;
Não tinha hora;
Não tinha dia;
Tinha o que queria: Vivia.
(...)

                            ANDREAS NORA